terça-feira, 23 de novembro de 2010

...Para amar The Smiths!

*A banda The Smiths surgiu em 1982, época em que a Inglaterra estava vivendo a onda new wave, ou seja: bandas com forte apelo pop, com visual extravagante e usando a nova linguagem do videoclipe para emplacar sucessos. The Smiths foram contra a maré reinante e fez o caminho inverso: suas músicas eram “difíceis”, de uma poesia intensa e com nenhum apelo visual. Seus clipes eram simples e suas roupas e atitudes eram completamente “anti-popstars”.

*O conceito criativo e estético da banda era simples e ao mesmo tempo virou uma marca: a capa de todos os álbuns e compactos tinha um ator ou atriz semidesconhecido, salvo raras exceções.
*O vocalista, Morrissey, verdadeiro poeta, escrevia letras ao mesmo pungentes (pedindo inclusive que os djs fossem enforcados, por não dizerem nada sobre sua vida – na música “Panic”) e emotivas (“morrer ao seu lado seria uma benção” – na música “There Is A Light That Never Goes Out”).

*Johnny Marr inovou ao tocar com sua guitarra dedilhada e  fazendo timbres que não se ouviam na época e foram amplamente imitados, que o diga Dado Villa-Lobos e a Legião Urbana.

*A banda se tornou um ícone tão forte da música que até hoje é lembrada, mesmo por aqueles que não viveram seu auge nos anos 80. Aqui estou eu para provar! E Morrissey ainda arrasta fãs por onde quer que passe.

*Apesar das propostas milionárias para que voltem ao menos para fazer shows, o grupo jamais voltou a tocar junto desde o seu fim, em 1987. Uma mostra de que dinheiro não é tudo. Quando vemos bandas consideradas integras voltando a tocar, como Pixies e Rage Against Machine, pensar que ainda existe alguém que percebeu que sua história e sua inspiração acabaram e não quer voltar (provavelmente por outros motivos também), é inspirador e nos faz enxergar outros caminhos para o fim de uma banda de sucesso.

*Ao contrario dos artistas que usam sexo e sensualidade para vender e se vender, Morrissey, pelo contrário, se diz assexuado. Mais radical que isso, só em um convento.

*Algumas músicas para baixar se esse texto te inspirou a consumir a obra dos Smiths: The Boy With The Thorn In His Side, How Soon Is Now, This Charming Man, Ask, Heaven Knows I'm Miserable Now, Bigmouth Strikes Again, Panic e There Is a Light That Never Goes Out. Essas são as músicas de mais sucesso, mas outras também valem a pena serem ouvidas.
*A discografia da banda conta apenas com quatro discos de estúdio: The Smiths (1984), Meat Is Murder (1985), The Queen Is Dead (1986) e Strangeways, Here We Come (1987).
                   

Nenhum comentário: